Tipos de circo

De seguida vamos apresentar-vos uma definição de circo e também os diferentes tipos de circo que existem.

Esperemos que gostem! :)

              

Circo

    A palavra circo pode ter várias definições, mas todas elas mostram que o circo transmite sonhos, magia e alegria não só às crianças como também aos adultos.

    O Circo é uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades, como, o malabarismo, os palhaços, acrobacias, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outras especialidades.

    O Circo é uma arte milenar que tem evoluído no tempo. Este tem vindo a transmitir sonhos e ideias, tem vindo também a alargar a criatividade das pessoas ou do próprio artista, o que vai permitir a liberdade dos seus movimentos e a incorporação de personagens.

 

      Circo também significa: recinto circular para espectáculos e desportos, cheio de camarotes e arquibancadas, em que os antigos romanos faziam jogos; o circo também é considerado um anfiteatro; também é um espectáculo de acrobacias, habilidades executadas por animais domesticados, também possui cenas cómicas, entre outras manifestações; também se entende por circo como um conjunto de artistas, animais e equipamentos para a realização desse espectáculo.

 

Circo Tradicional

      O circo tradicional é formado por uma companhia que se encontra em viagem. Os artistas que fazem parte deste circo são os acrobatas, os palhaços, os animais, os trapezistas, entre outros artistas. Os espectáculos neste circo são feitos numa tenda ou numa arena circular ou oval.

    O circo começou por ser tradicional e só actualmente é que este começou a tornar-se mais moderno, sendo apelidado de Circo Moderno. Este circo começou a ser desenvolvido no Oriente, através de actuações baseadas em acrobacias. Em Roma, os espectáculos eram organizados em coliseus ou em estádios ao ar livre. Os espectáculos que eram realizados nesta cidade tinham sempre presente: corridas de carruagens com cavalos, lutas de gladiadores e feras e acrobatas. Com o fim do império romano a Europa deixou de ter acesso a estes espectáculos, tendo então surgido espectáculos itinerantes em muitas feiras pelo continente.

    Pensasse que o povo cigano também contribuiu para a difusão do circo, pois divulgavam artistas que mostravam as suas habilidades e utilizavam animais para entreter as multidões.

    Desde o final do século XVIII existe a tradição do circo se realizar numa arena circular, esta tradição tornou-se muito famosa em países como a Inglaterra e a França. Nos Estados Unidos da América, este circo começou a acontecer numa tenda gigante.

    Na Rússia, o circo foi nacionalizado e foi criada uma escola de circo que permite que as pessoas aprendam as artes circenses.

    Uma das principais atracções neste circo são os animais.

    Nos anos 60 e 70 este circo começou a perder a sua popularidade devido ao nascimento de movimentos de protecção dos animais, pois nestes circos, muitos animais eram maltratados e eram utilizados de forma abusiva. Estes movimentos de protecção aos animais sugeriram novas formas de entertenimento aos circos tradicionais. Surge nestes anos uma nova cocepção de circo, o Novo Circo ou Circo Moderno, em que não são utilizados animais, os números feitos por estes artistas têm influência: teatral, do mundo circense, da ópera, do ballet e do rock. As artes principais neste circo são: o contorcionismo, o malabarismo, palhaços e trapezistas, todos com roupas coloridas e maquilhagens elaboradas. 

Circo Moderno

 

A PASSAGEM DA ANTIGUIDADE À MODERNIDADE

Os espectáculos de circo foram substancialmente extintos por influência do Cristianismo, que mesmo assim não conseguiu impedir que pequenos números populares de circo se propagassem entre os que Romanos e persistissem até à Idade média, mantendo-se na sua tradição de artistas itinerantes, trabalhando ao ar livre ou nos mais variados locais, designadamente praças públicas, palácios, feiras e romarias, festejos e até em Torneios.

Estes artistas foram propagando a sua arte de pais para filhos, ou a companheiros mais novos, escapando como podiam a guerras, a fomes e a perseguições. Até meados do século XVIII, já se organizavam em pequenas companhias, trabalhavam em barracas e deslocavam-se em permanentes viagens. Viviam de modestos pagamentos feitos pelo público que acorria aos espectáculos. É precisamente neste século que começam a popularizar-se os números equestres.

A razão desta evolução residi no facto de após vários períodos de guerra, ter havido alguma paz e, portanto, desemprego para os soldados de Cavalaria e para os professores de equitação dos exércitos.

Muitos deles, sem qualquer outra profissão que não fosse cavalgar e guerrear, viram-se obrigados a seguir o caminho da exibição, criando-se assim os primeiros números de cavalos e subsequentemente uma tradição onde iriam brilhar como artistas equestres e amazonas.

Os circos com carácter de hoje, só apareceram nos finais do século XVIII, em Inglaterra, quando Philip Astley mandou construir no ano de 1769,o primeiro anfiteatro destinado ao que viria a ser considerado, mais tarde, como o “maior espectáculo do mundo”

Em 1770 nasceu o circo moderno, quando o cavaleiro britânico Philip Astley organizou um espectáculo no qual intercalou números de saltimbancos, saltadores e um palhaço. Baseado no princípio de que é mais fácil manter-se de pé sobre um cavalo a galope se este executa um círculo perfeito, por causa da força centrífuga, escolheu uma pista redonda. O picadeiro circular conservou-se até a actualidade como espaço cénico de todos os circos. Outros elementos introduzidos por Astley tornaram-se tradicionais: a disciplina quase militar, o uso de uniformes e o rufar de tambores, além do número do palhaço, que fazia em seu circo a paródia do recruta em suas primeiras tentativas de montar.                                                    

Quatro anos depois da inauguração de seu circo, Astley viajou à França, onde obteve grande êxito. Associado ao veneziano Antonio Franconi, inaugurou um circo em Paris. Franconi, que com seus dois filhos fundou a primeira dinastia circense francesa, fixou em 13 metros o diâmetro do picadeiro, dimensão que continua sendo a mais usual, e introduziu no circo a pantomima. Ainda nos tempos de Astley e Franconi, apareceram as companhias circenses itinerantes, que apresentavam seus espectáculos em recintos desmontáveis, cobertos por lonas coloridas.

Durante o século XIX, os principais directores de circo foram artistas equestres. Progressivamente, os números tradicionais sofreram inovações: surgiram as acrobacias a galope e o pas de deux a cavalo, criaram-se quadros com vários animais ao mesmo tempo.

O trapézio apareceu no circo em 1850. Nove anos mais tarde, a introdução do trapézio volante deu origem aos mais arriscados números de conjuntos de trapezistas. A introdução da jaula de ferro armada no centro do picadeiro, em 1888, deu dinamismo definitivo aos números de feras que, isoladas do público pelas grades e sob comando do domador, saltavam umas sobre as outras, atravessavam círculos de fogo e executavam acrobacias. Hoje, por maus tratos aos animais e sua retirada do habitat natural, esta modalidade tem sido combatida. Durante os séculos XIX e XX o circo difundiu-se por todo o mundo e em algumas cidades, como Moscou e Pequim (Beijing), desenvolveu-se a ponto de constituir uma autêntica arte cénica. Na actualidade, o circo conserva ainda grande parte de suas tradições. Embora as companhias continuem viajando de cidade em cidade e de país em país, é frequente que realizem longas temporadas nos centros urbanos mais populosos.

 

 Circo Ambulante ou Circo de Rua

Este circo traduz-se em efectuar espectáculos em locais alternados ao ar livre sem quaisquer perigos ou insegurançada causada pelos animais selvagens e ferozes, que é o caso dos circos tradicionais.Tem como objectivo expandir e dar a conhecer melhor as respectivas artes, que praticam e dominam. A designação circo ambulante surge precisamente pelo facto de este ser feito ao ar livre, na rua, em qualquer parte do mundo sem que alguem impeça os de actuar. Nos circos ambulantes praticam-se artes, como: Triciclistas, perna-de-pau, malabaristas, etc. E estes são principalmente apreciados pelas crianças, visto que é feito em qualquer sitio, de quem recebem muitos elogios e muitos aplausos.

 O Novo Circo

O circo é uma arte milenar que tem evoluído no tempo. Tem vindo a transmitir uma nova maneira de estar, numa expansão de sonhos e de ideias, no alargamento da criatividade de cada artista, na liberdade dos seus movimentos e incorporação de personagens. É uma vida em festa.

Actualmente, paralelamente aos circos itinerantes e tradicionais que ainda existem, a arte circense também se aprende na escola dominadas de novo circo, que criou um movimento, que pode ser chamado de Circo Contemporâneo. Esta arte é também ensinada em centros universitários e em cursos livres, mesclando-se a outras linguagens artísticas tais como: Teatro, Dança, Musica e Artes Plásticas.

O movimento chamado de Novo Circo, deixa pois de ser apresentado apenas sob a lota típica, da exclusividade das tradicionais famílias circenses, e passa a ocupar os mais inusitados espaços: dos pátios de fábricas aos ambulatórios hospitalares, das escolas às ruas e praças, dos teatros aos bairros sociais, todo o espaço é digno para receber essas manifestações.

Em termos internacionais não há uma data precisa para este surgimento, mas pode dizer-se que o movimento começou no final dos anos 70, em vários países, simultaneamente. Na Austrália, com o Circo Oz (1978), e na Inglaterra, com os artistas de rua fazendo de palhaços, truques com fogo, andando em pernas de pau e com as suas mágicas.

 

O Novo Circo em Portugal

Nos inícios dos anos 80, Portugal viu surgir vários artistas com espectáculos de rua, misturando estéticas circenses com teatro.

No ano lectivo de 1987-1988 o Chapitô, liderado pedagogicamente pela Teresa Ricou “ Tété”, abre a sua Escola Profissional das Artes e Ofícios do Espectáculo, onde o Novo Circo é a sua principal actividade, experiência que já vem de 1981, aquando da criação da Colectividade Cultural e Recreativa de Santa Catarina.

Com a influência desta nova estética surgem, obviamente, outra tipologia de artistas, uns saindo da Escola do Chapitô outros do campo teatral.

Hoje o conceito de Novo Circo visa uma arte que implica criar efeito de surpresa, não só junto das crianças, mas também, junto de todos os que assistem a este espectáculo.

Uma filosofia de vida, uma maneira de estar, um estado de espírito que se exterioriza, através das expressões corporais e vestuário que dão vida a uma personagem, é, muitas vezes, a alma de um artista do Novo Circo. Toda esta imagem cresceu em Portugal nestes últimos anos e representa apenas uma pequena amostra do que pode representar o circo para cada um.